A Arte Educadora Cidinha fez um trabalho em sala de aula, contando a biografia e mostrando alguns trabalhos da artista Tomie Ohtake. A atividade consistiu em pedir aos alunos que imaginassem com seria a sua obra fora da tela e desenhassem no caderno para então transformar em esculturas. As esculturas dos alunos foram expostas na escola. Ficou tudo muito lindo!!
Parabéns para a professora e alunos pelo empenho nas atividades!!! Márcia G. Souza Arte Educadora
Este é um livro de conteúdo
“policial”. Melhor explicando, tem um enredo que desenvolve uma investigação
muito bem articulada.
A estrutura se repete: um
animal fala do outro, com certa crítica, e dá uma pista para continuar a busca
do paradeiro da lagarta que tinha sumido. Então, fui direto à leitura da obra, parando em cada página e enfatizando a insinuação
de quem seria o próximo bicho, para que as crianças descubram qual é.
No fim da história falamos sobre a metamorfose da lagarta e construímos uma borboleta de papel colocando um palito para que ela pudesse ser um fantoche e assim ser construída uma nova história com outros bichos e usar a mesma estrutura do livro: um animal
deve livrar-se da acusação, justificando seu comportamento e indicando outro a
quem pode ser atribuída uma suposição.
Nossa escola recebeu no dia 13/05 o educador
William Martins, que foi convidado para falar a respeito do assunto "
Economia Solidária", iniciando a formação dos professores com lindas
canções ao violão.
Segundo
suas pesquisas a ideia surgiu como movimento social na
Inglaterra, durante o século XIX, como forma de resistência - por parte da
população socialmente excluída - ao crescimento desenfreado do capitalismo
industrial. No Brasil, o movimento só ganhou força no final do século passado,
mas tem crescido consideravelmente nos últimos anos e já faz do país uma
referência internacional no assunto.
A
palestra foi muito interessante.
O
nosso muito obrigado pela colaboração e parceria do educador William Martins.
Vídeos
citados pelo educador:
O documentário de Silvio Tendler pode insinuar um filme de terror, mas O
veneno está na mesa, película do experiente documentarista brasileiro, assusta
mesmo pela revelação, em vídeo, de uma realidade cotidiana: 28% dos alimentos
oferecidos à população brasileira são insatisfatórios para consumo.
Baseado em dossiê da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco),
divulgado em 2012, o filme mostra que desde 2008, quando ultrapassou os Estados
Unidos, o Brasil é o país que mais utiliza agrotóxicos no mundo.
Elaborado por
pesquisadores de diversas universidades federais brasileiras, o extenso
relatório da Abrasco reúne dados oficiais e uma série de estudos que denunciam
o descontrole do uso de agrotóxicos no Brasil e comprovam os graves e diversificados
danos à saúde provocados pelo uso de biocidas. O dossiê foi divulgado em três
momentos no ano passado, sendo que os últimos dados foram tornados públicos em
novembro. O nível médio de contaminação dos alimentos colhidos nos 26 estados
do país é grave: pimentão (91,8%), morango (63,4%), pepino (57,4%), alface
(54,2%) e cenoura (49,6%), apenas para citar alguns exemplos.
Se tiverem mais interesse sobre o assunto abordado, fiz algumas
pesquisas e encontrei alguns textos que podem ser trabalhados com os alunos.
COOPERAÇÃO
Economia Solidária: futuro do desenvolvimento?
O movimento cresce no Brasil e na América Latina de maneira cada vez
mais organizada. Além de gerar renda, as redes solidárias querem transformar o
atual paradigma do desenvolvimento econômico e das relações interpessoais e com
o meio ambiente. Nessa empreitada, o protagonista é o consumidor
O QUE É ECONOMIA SOLIDÁRIA?
Muitos consumidores ainda enxergam na economia solidária apenas um meio
encontrado por produtores de baixa renda ou desempregados para sobreviver. Com
essa visão, a tendência é acreditar que adquirir produtos provenientes de
cooperativas, associações, empresas autogestionárias e feiras de troca não
passa de um pouco de caridade.
O que pouca gente sabe é que a economia solidária vai muito além da geração de
renda e traz propostas de mudanças nas relações interpessoais e com o meio
ambiente. Cooperação, não competição, preservação dos recursos naturais, não
exploração dos trabalhadores, igualdade de poder na tomada de decisões na
empresa e responsabilidade com a comunidade local onde o empreendimento está
inserido são princípios que norteiam essa prática.
A economia solidária surgiu como movimento social na Inglaterra, durante o
século 19, como forma de resistência - por parte da população socialmente
excluída - ao crescimento desenfreado do capitalismo industrial. No Brasil, o
movimento só ganhou força no final do século passado, mas tem crescido
consideravelmente nos últimos anos e já faz do país uma referência internacional
no assunto.
Segundo Ana Lúcia Cortegoso, membro da coordenação colegiada da INCOOP -
Incubadora Regional de Cooperativas Populares da Universidade Federal de São
Carlos, as formas de organização solidária possuem um
papel importante para a população que tem dificuldade de acesso às condições
impostas pelo mercado¿.
Sempre que o movimento de economia solidária se reúne, fica claro que a
intenção é realizar uma transformação social, questionando a forma como a
economia está organizada e propondo outra maneira de promover o
desenvolvimento, com menos concentração de renda e melhor distribuição da
riqueza¿, esclarece Daniel Tygel, secretário executivo do FBES - Fórum
Brasileiro de Economia Solidária.
Ele diz que, muitas vezes, a motivação para se criar essas organizações
solidárias realmente surge como uma estratégia de sobrevivência por parte dos
trabalhadores. Mas, depois que se articulam, a iniciativa acaba ganhando uma
dimensão organizativa mais ampla e um aspecto de movimento social.
Se esses conceitos soam como um retrocesso na maneira de a sociedade se
organizar, voltando aos tempos primitivos do coletivismo ou novamente
apregoando o que as bandeiras socialistas defendiam, Daniel Tygel entende a
valorização desses ideais como um salto para o futuro. O fato de alguns
elementos da história passada terem sido esmagados, não significa q devemos
ignorá-los, mas existe uma situação conjuntural completamente diferente de
épocas anteriores: vivemos a dimensão mais aguda da globalização, com
concentração de informações em grandes empresas nunca antes vista. Além da
autogestão, eixo fundamental das organizações solidárias, também existe uma
preocupação com o futuro do planeta e a finitude dos recursos.
Portanto, se o consumidor usa seu poder de compra para priorizar bens e
serviços gerados a partir da economia solidária, está contribuindo diretamente
para que os modelos econômicos, políticos e sociais sejam repensados e
reconstruídos. Entenda abaixo quais as particularidades desses empreendimentos,
a maneira como se organizam e de que forma você já está envolvido nesse
processo.
Desmatamento na Amazônia cresce 215% em um ano, segundo o Imazon
Ligado
Área desmatada é maior que a cidade de São Paulo, revela instituto de pesquisa, que monitora o desmatamento na Amazônia há mais de 20 anos.
Em um ano, o desmatamento na Amazônia aumentou mais de 200%. O número foi calculado pela organização não-governamental Imazon.
O instituto de pesquisa Imazon, em Belém, monitora o desmatamento na Amazônia há mais de 20 anos. No levantamento divulgado esta semana, foram derrubados 1.700 quilômetros quadrados de floresta nativa, entre agosto de 2014 e fevereiro deste ano. A área desmatada é maior que a cidade de São Paulo. Comparando essa derrubada com o período anterior, o desmatamento na Amazônia aumentou 215%.
"A perspectiva é se continuar nessa tendência de aumento do desmatamento, a gente ainda vai detectar um crescimento nas estatísticas do desmatamento nos próximos meses", diz Marcelo Justino, pesquisador do Imazon.
Segundo o Imazon, quase a metade do desmatamento ocorreu em áreas particulares, onde a floresta veio abaixo para a expansão da pecuária, principalmente no Mato Grosso. No Pará, o desmatamento foi provocado em grande parte pela grilagem, que é a invasão de terras públicas. Já em Rondônia, segundo os ambientalistas, as árvores vêm sendo destruídas para dar lugar à agricultura. Do total desmatado nos últimos sete meses, o estado que mais destruiu a floresta foi Mato Grosso (35%), depois Pará (25%) e Rondônia (20%).
Os analistas também fazem outro alerta: como os satélites do Imazon só detectam o desmatamento em áreas acima de dez hectares, os números da derrubada da floresta podem ser ainda mais altos. O Ministério do Meio Ambiente disse que não comenta os dados de desmatamento da Amazônia divulgados pelo Imazon por não considerá-los oficiais.
Novo relatório sobre recursos hídricos da Unesco apela para uso sustentável do recurso natural. Entidade acredita que o consumo na indústria quadruplicará entre 2000 e 2050.
Por Helle Jeppesen
A meio ano da adoção das novas metas de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, a Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura), publicou seu mais recente relatório global sobre desenvolvimento dos recursos hídridos.
"É especialmente importante destacar mais uma vez, de forma clara, a importância central da água", explica o principal autor do documento, Richard Connor. "A água é um pré-requisito básico para o desenvolvimento sustentável. Isso não é novidade, mas fundamental para o futuro uso da água." Por isso, a Unesco luta para garantir que a gestão da água, em todas as suas dimensões, seja consagrada como uma das novas metas de desenvolvimento sustentável. Isso não é o caso nos ainda vigentes Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), cujo prazo para cumprimento expira este ano. "Eles só tratam de água potável e saneamento básico", lembra Connor.
"Agora vamos fazer pressão para obtermos uma meta ligada à água que inclua não só o acesso à água potável e ao saneamento, mas também a proteção e a gestão adequada dos recursos hídricos como um todo", explica o ambientalista. Assim, o desperdício e a poluição da água devem ser futuramente reduzidos.
Agricultura é atividade que mais consome água
Empresas precisam economizar
O abastecimento de água potável é responsável por apenas uma pequena fração do consumo mundial do recurso natural. Embora uma pessoa consuma, em média, dois a três litros por dia, a produção de alimentos para a necessidade diária exige cerca de 3 mil litros de água per capita. A maior parte é consumida mundialmente pela agricultura, seguida por outros setores, como o industrial e de energia. No relatório atual sobre recursos hídricos, a Unesco acredita que o consumo na indústria irá quadruplicar até 2050, em relação ao ano 2000. Ao mesmo tempo, a agricultura deve produzir mais alimentos para uma crescente população mundial. Segundo o documento, existe a ameaça de que até 2030 haja um deficit de 40% no suprimento global da água, se nada for feito.
"Temos que mudar nossa economia global para formas econômicas que consumam recursos menos intensivamente", diz Sybille Röhrkasten, pesquisadora do Instituto de Estudos Ambientais Avançados, de Potsdam (IASS).
"Não só a agricultura, mas também a indústria e o setor de energia devem ser mais econômicos em relação aos recursos hídricos." A cientista acrescenta que "o relatório deixa claro que precisamos de uma revolução energética global, se quisermos usar os nossos recursos hídricos de forma sustentável".
Represa na China: produção de energia também consome o recurso natural
Decisão política
"Por ser um recurso limitado, devemos sempre pensar em formas de utilizar melhor a água", observa Richard Connor, da Unesco. Assim, ele e seus coautores têm como objetivo principal sensibilizar os decisores políticos para o problema da distribuição hídrica.
"Afinal, as principais decisões não são tomadas por especialistas em água ou gestores de recursos hídricos", constata o cientista ambiental. "As decisões sobre as opções de desenvolvimento são processos políticos envolvendo diferentes departamentos e ministérios, que têm que ser coordenados. Por isso, queremos alcançar os decisores políticos e deixar claro que, em última instância, eles têm que decidir como pode ser distribuída a água, que é um recurso escasso."