Nossa escola recebeu no dia 13/05 o educador
William Martins, que foi convidado para falar a respeito do assunto "
Economia Solidária", iniciando a formação dos professores com lindas
canções ao violão.
Segundo
suas pesquisas a ideia surgiu como movimento social na
Inglaterra, durante o século XIX, como forma de resistência - por parte da
população socialmente excluída - ao crescimento desenfreado do capitalismo
industrial. No Brasil, o movimento só ganhou força no final do século passado,
mas tem crescido consideravelmente nos últimos anos e já faz do país uma
referência internacional no assunto.
A
palestra foi muito interessante.
O
nosso muito obrigado pela colaboração e parceria do educador William Martins.
Vídeos
citados pelo educador:
O documentário de Silvio Tendler pode insinuar um filme de terror, mas O
veneno está na mesa, película do experiente documentarista brasileiro, assusta
mesmo pela revelação, em vídeo, de uma realidade cotidiana: 28% dos alimentos
oferecidos à população brasileira são insatisfatórios para consumo.
Baseado em dossiê da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco),
divulgado em 2012, o filme mostra que desde 2008, quando ultrapassou os Estados
Unidos, o Brasil é o país que mais utiliza agrotóxicos no mundo.
Elaborado por
pesquisadores de diversas universidades federais brasileiras, o extenso
relatório da Abrasco reúne dados oficiais e uma série de estudos que denunciam
o descontrole do uso de agrotóxicos no Brasil e comprovam os graves e diversificados
danos à saúde provocados pelo uso de biocidas. O dossiê foi divulgado em três
momentos no ano passado, sendo que os últimos dados foram tornados públicos em
novembro. O nível médio de contaminação dos alimentos colhidos nos 26 estados
do país é grave: pimentão (91,8%), morango (63,4%), pepino (57,4%), alface
(54,2%) e cenoura (49,6%), apenas para citar alguns exemplos.
Se tiverem mais interesse sobre o assunto abordado, fiz algumas
pesquisas e encontrei alguns textos que podem ser trabalhados com os alunos.
COOPERAÇÃO
Economia Solidária: futuro do desenvolvimento?
O movimento cresce no Brasil e na América Latina de maneira cada vez
mais organizada. Além de gerar renda, as redes solidárias querem transformar o
atual paradigma do desenvolvimento econômico e das relações interpessoais e com
o meio ambiente. Nessa empreitada, o protagonista é o consumidor
O QUE É ECONOMIA SOLIDÁRIA?
Muitos consumidores ainda enxergam na economia solidária apenas um meio encontrado por produtores de baixa renda ou desempregados para sobreviver. Com essa visão, a tendência é acreditar que adquirir produtos provenientes de cooperativas, associações, empresas autogestionárias e feiras de troca não passa de um pouco de caridade.
O que pouca gente sabe é que a economia solidária vai muito além da geração de renda e traz propostas de mudanças nas relações interpessoais e com o meio ambiente. Cooperação, não competição, preservação dos recursos naturais, não exploração dos trabalhadores, igualdade de poder na tomada de decisões na empresa e responsabilidade com a comunidade local onde o empreendimento está inserido são princípios que norteiam essa prática.
A economia solidária surgiu como movimento social na Inglaterra, durante o século 19, como forma de resistência - por parte da população socialmente excluída - ao crescimento desenfreado do capitalismo industrial. No Brasil, o movimento só ganhou força no final do século passado, mas tem crescido consideravelmente nos últimos anos e já faz do país uma referência internacional no assunto.
Segundo Ana Lúcia Cortegoso, membro da coordenação colegiada da INCOOP - Incubadora Regional de Cooperativas Populares da Universidade Federal de São Carlos, as formas de organização solidária possuem um papel importante para a população que tem dificuldade de acesso às condições impostas pelo mercado¿.
Sempre que o movimento de economia solidária se reúne, fica claro que a intenção é realizar uma transformação social, questionando a forma como a economia está organizada e propondo outra maneira de promover o desenvolvimento, com menos concentração de renda e melhor distribuição da riqueza¿, esclarece Daniel Tygel, secretário executivo do FBES - Fórum Brasileiro de Economia Solidária.
Ele diz que, muitas vezes, a motivação para se criar essas organizações solidárias realmente surge como uma estratégia de sobrevivência por parte dos trabalhadores. Mas, depois que se articulam, a iniciativa acaba ganhando uma dimensão organizativa mais ampla e um aspecto de movimento social.
Se esses conceitos soam como um retrocesso na maneira de a sociedade se organizar, voltando aos tempos primitivos do coletivismo ou novamente apregoando o que as bandeiras socialistas defendiam, Daniel Tygel entende a valorização desses ideais como um salto para o futuro. O fato de alguns elementos da história passada terem sido esmagados, não significa q devemos ignorá-los, mas existe uma situação conjuntural completamente diferente de épocas anteriores: vivemos a dimensão mais aguda da globalização, com concentração de informações em grandes empresas nunca antes vista. Além da autogestão, eixo fundamental das organizações solidárias, também existe uma preocupação com o futuro do planeta e a finitude dos recursos.
Portanto, se o consumidor usa seu poder de compra para priorizar bens e serviços gerados a partir da economia solidária, está contribuindo diretamente para que os modelos econômicos, políticos e sociais sejam repensados e reconstruídos. Entenda abaixo quais as particularidades desses empreendimentos, a maneira como se organizam e de que forma você já está envolvido nesse processo.
Muitos consumidores ainda enxergam na economia solidária apenas um meio encontrado por produtores de baixa renda ou desempregados para sobreviver. Com essa visão, a tendência é acreditar que adquirir produtos provenientes de cooperativas, associações, empresas autogestionárias e feiras de troca não passa de um pouco de caridade.
O que pouca gente sabe é que a economia solidária vai muito além da geração de renda e traz propostas de mudanças nas relações interpessoais e com o meio ambiente. Cooperação, não competição, preservação dos recursos naturais, não exploração dos trabalhadores, igualdade de poder na tomada de decisões na empresa e responsabilidade com a comunidade local onde o empreendimento está inserido são princípios que norteiam essa prática.
A economia solidária surgiu como movimento social na Inglaterra, durante o século 19, como forma de resistência - por parte da população socialmente excluída - ao crescimento desenfreado do capitalismo industrial. No Brasil, o movimento só ganhou força no final do século passado, mas tem crescido consideravelmente nos últimos anos e já faz do país uma referência internacional no assunto.
Segundo Ana Lúcia Cortegoso, membro da coordenação colegiada da INCOOP - Incubadora Regional de Cooperativas Populares da Universidade Federal de São Carlos, as formas de organização solidária possuem um papel importante para a população que tem dificuldade de acesso às condições impostas pelo mercado¿.
Sempre que o movimento de economia solidária se reúne, fica claro que a intenção é realizar uma transformação social, questionando a forma como a economia está organizada e propondo outra maneira de promover o desenvolvimento, com menos concentração de renda e melhor distribuição da riqueza¿, esclarece Daniel Tygel, secretário executivo do FBES - Fórum Brasileiro de Economia Solidária.
Ele diz que, muitas vezes, a motivação para se criar essas organizações solidárias realmente surge como uma estratégia de sobrevivência por parte dos trabalhadores. Mas, depois que se articulam, a iniciativa acaba ganhando uma dimensão organizativa mais ampla e um aspecto de movimento social.
Se esses conceitos soam como um retrocesso na maneira de a sociedade se organizar, voltando aos tempos primitivos do coletivismo ou novamente apregoando o que as bandeiras socialistas defendiam, Daniel Tygel entende a valorização desses ideais como um salto para o futuro. O fato de alguns elementos da história passada terem sido esmagados, não significa q devemos ignorá-los, mas existe uma situação conjuntural completamente diferente de épocas anteriores: vivemos a dimensão mais aguda da globalização, com concentração de informações em grandes empresas nunca antes vista. Além da autogestão, eixo fundamental das organizações solidárias, também existe uma preocupação com o futuro do planeta e a finitude dos recursos.
Portanto, se o consumidor usa seu poder de compra para priorizar bens e serviços gerados a partir da economia solidária, está contribuindo diretamente para que os modelos econômicos, políticos e sociais sejam repensados e reconstruídos. Entenda abaixo quais as particularidades desses empreendimentos, a maneira como se organizam e de que forma você já está envolvido nesse processo.
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/conteudo_282947.shtml?func=1
Marcia G. Souza
Professora Arte Educadora
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